Reflexões atuais da ancestralidade nos escritos de Potiguara
Palabras clave:
Eliane Potiguara, Literatura indígena, Ancestralidade, Cura da TerraResumen
Com o atual contexto da pandemia torna-se necessário refletir sobre a relação da sociedade com o planeta Terra para uma mudança de paradigma. Nessa perspectiva, este artigo faz um estudo da ancestralidade na obra A Cura da Terra (2015), da autora indígena Eliane Potiguara, por meio da personagem avó e sua relação com a neta, partilhando saberes ancestrais e unindo as duas pontas da vida numa comunhão de valores e afetos: a infância e a velhice. Ao narrar uma história coletiva de tristeza e sofrimento, que causou o adoecimento da Terra, o texto aponta para a necessidade de rever as relações com o meio ambiente. Assim, a narrativa dialoga com a tragédia pandêmica mundial da Covid-19 e contribui para repensar os valores e as transformações tão necessárias para as crises sociais e socioambientais. Para a análise da obra, parte-se dos estudos de Benjamin (1985), Bosi (1994), Candido (1995), Graúna (2013), Jekupé (2009, 2013) e Mundukuru (2014, 2019).