Violência, espetáculo e resistência em Jogos Vorazes
Palabras clave:
Distopia, Violência, Espetáculo, ResistênciaResumen
Este artigo pretende analisar a trilogia “Jogos Vorazes” escrita por Suzanne Collins frente aos tópicos violência, espetáculo e resistência. Inicialmente, faz-se uma pequena revisão do termo Distopia e suas origens e temáticas na literatura, analisando-se ainda sua capacidade como veículo crítico de sociedades regidas pela mídia, seguida pela observação de como a questão da perspectiva do narrador impacta no entendimento da obra literária como distópica. A seguir, busca-se delinear conexões entre memória e história com as sociedade-espetáculo, caso apresentado a trilogia de Collins, problematizando o prevalecimento do imediatismo e da manipulação nessas sociedades e, também como a violência nessas sociedades se torna uma abstração, usada como mecanismo de controle. Por fim, é feito um cotejo entre a trilogia de Collins e o filme “Saló”, de Pasolini para examinar as questões de resistência e do uso dos corpos como entretenimento. Para tanto, buscou-se autores que investigaram a relação entre sociedade e espetáculo como Guy Debord, Mario Vargas Llosa e Georges Didi-Huberman e pesquisadores cujo foque se encontram no romance distópico.